quarta-feira, 10 de abril de 2013

Música de Nascer: Pilar

Então foi que, um ano e quatro meses depois do meu filho João chegar por aqui, nascia a Pilar, minha filhota caçula. Pois a música dela nasceu antes dela. Aconteceu assim.

Quando soubemos que iríamos ter nosso primeiro filho (ou filha, pois ainda tinha poucas semanas e não dava pra saber o sexo!) com minha intuição profunda de pai zeloso, com o auxílio de minha bola de cristal e de todos os espíritos que me circundavam, intuí que teria uma filha. Uma menina.

Pilar em Curitiba, em viagem ao Sul do Brasil
E me emocionei, chorei, sentei e, ao violão compus uma música, que batizei de "Pilar", após alguns dias de elocubrações entre eu e Luciana e nossa decisão sobre seu nome: Pilar. Nossa primeira filha! Eu, inexperiente, sonhador e - por quê não dizer, ingênuo? - queria ter meia dúzia de filhos, ser um pai de casa cheia, família enorme como a minha e a de minha esposa.

Após algumas semanas, música composta, trilha pronta para curtir com Pilar, minha primeira filha era, em verdade, um filho. A ultrassonografia desmentia minha bola de cristal, meus espíritos sumiam de minha volta e minha intuição acabava como que desmoronada. Era o João que chegava e me obrigava a rever nome, conceitos e... música tema! Teria então um menino!

Fiz a canção do João, ele nasceu maravilhoso, mas fiquei com aquele tema que achei tão expressivo, tão bonito... A Pilar tinha de acontecer!

E então, um ano e quatro meses depois, aconteceu! Chegou ela, ao som da música composta ano e meio antes. A música, eu achei linda, mas Pilar, essa sim, era muuuito mais bonita que a canção. O parto foi maravilhoso, cortei seu cordão umbilical na maior felicidade e, se hoje não possuo seis filhos, tenho o privilégio de, já escolado como pai de dois pré-adolescentes, saber que os tenho imensos, dentro de meu coração que é, em verdade, a sua casa.

E assim foi que Pilar, nasceu, cresceu e hoje, desenha, toca violão e canta tão lindamente.

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